Exposição de artes: O Retrato
Esta exposição tem como objetivo, mostrar ao público a expressão única contida em cada ser humano e a sensibilidade com que os artistas as apresentam.
O retrato pode ser uma pintura, fotografia ou qualquer outra forma de representação artística de uma pessoa. Numa obra de arte, o retrato é uma forma de arte subjetiva, e os aspectos mais significativos são o distanciamento da representação figurativa e o uso arbitrário de cores e traços fortes com formas contorcidas, até dramáticas. Uma característica marcante do expressionismo que originou no fim do século XIX.
Expressionismo foi um movimento no qual seus artistas procuravam expressar seus sentimentos e fortes emoções. Não tinham preocupação com a beleza, revelavam um lado pessimista da vida e enfocavam problemas sociais.
O artista expressionista transfigura assim todo o espaço. Ele não olha: vê; não narra: vive; não reproduz: recria; não encontra: busca.
Vários artistas foram influenciados pelo expressionismo, dentre eles Lasar Segall, que tem como expressividade artística, características estéticas marcantes do período.
Lasar Segall (1891 - 1957) nasceu na comunidade judaica de Vilna, Lituânia, tendo mudado para o Brasil em 1923 e posteriormente adquirido cidadania brasileira. Durante sua carreira, seu estilo sofreu várias influências, mas alguns temas recorrentes em sua obra já aparecem desde as primeiras produções, seus primeiros trabalhos podem ser notados inspirações cubistas e impressionistas.
As figuras humanas são distorcidas, sofrendo deformações nos pés, mãos e cabeça, “Auto Retrato II”. Devemos ressaltar que o expressionismo de Segall é considerado um expressionismo “construído“, uma vez que a deformação nunca foi levada às últimas conseqüências e há uma inclinação para a busca de ordem. Ele afirma ter descoberto a cor e a luz no Brasil. É por seu intermédio que o país passa a ter maior contato com o expressionismo e suas obras são as primeiras telas expressionistas a serem aqui exibidas.
Após sua morte, sua casa e estúdio acabaram virando sede do Museu Lasar Segall, dedicado ao artista.
A exposição conta também com belíssimas obras de outros artistas internacionais e cada tela traz a emoção do artista no momento da composição.
Artes Visuais UAB-UnB- Blog da disciplina -Tecnologias Contemporâneas nas Escolas.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Distribuição física das peças
A galeria se encontra em um prédio de estrutura clássica que se divide em quatro salas, sendo a sala um e dois conjugadas, aonde podemos encontrar o tema do Retrato explorado sob várias perspectivas. A iluminação característica permite a visualização das obras de forma a contribuir para uma melhor interação entre as obras e os espectadores. A proposta da exposição sugere que o espectador visite primeiramente as do artista Lasar Segall e posteriormente as dos artistas internacionais, as primeiras na sala um e as outras passando para a sala dois com o trabalho dos internacionais permitindo assim uma visualização e estudo das características das obras dentro do contexto. Na sala dois a exposição disponibilizará ao visitante conhecer o trabalho do artista regional José Antonio da Silva, de características expressionistas em suas paisagens.
A galeria se encontra em um prédio de estrutura clássica que se divide em quatro salas, sendo a sala um e dois conjugadas, aonde podemos encontrar o tema do Retrato explorado sob várias perspectivas. A iluminação característica permite a visualização das obras de forma a contribuir para uma melhor interação entre as obras e os espectadores. A proposta da exposição sugere que o espectador visite primeiramente as do artista Lasar Segall e posteriormente as dos artistas internacionais, as primeiras na sala um e as outras passando para a sala dois com o trabalho dos internacionais permitindo assim uma visualização e estudo das características das obras dentro do contexto. Na sala dois a exposição disponibilizará ao visitante conhecer o trabalho do artista regional José Antonio da Silva, de características expressionistas em suas paisagens.

Artista completo, Lasar Segall (Vilnius, Lituânia, 21 de julho de 1891 — São Paulo, 2 de agosto de 1957) experimentou todas as formas de expressão de sua época. Pintor, desenhista, gravador e escultor, foi um mestre do Expressionismo e um dos introdutores do Modernismo no Brasil, vindo a ser um símbolo para toda uma geração.

© www.girafamania.com.br
Rembrandt, Retrato de Jeremias de Dekker. 1666.
The Hermitage, St. Petersburg, Russia
© www.abcgallery.com

Dürer, Retrato de Bernard von Reesen, 1521
Alte Meister Gallerie, Dresden, Alemanha
© www.abcgallery.com
(LINEAR)
Retratos funerários de jovens senhoras de El-Fayyum no Egito. Século II d.C. Encáustica sobre painel de autoria desconhecida.
www.artehistoria.jcyl.es
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Homenagem ao artista regional
José Antônio da Silva(1909-1996)
José Antônio da Silva nasceu em Armando Sales de Oliveira (SP), em 1909 e faleceu em São Paulo (Capital), em 1996.
Numa autobiografia publicada em 1949, História de minha vida, Silva revela ser filho de um casal "muito pobrezinho e muito humilde e trabalhador nos serviços mais pesados da vida e mais perigosos".
A sorte começou a mudar para o Silva já no ano seguinte, por ocasião de uma exposição regional realizada na Casa de Cultura de São José do Rio Preto, na qual expunha seus primeiros quadros.
O júri, do qual faziam parte os críticos de arte Lourival Gomes Machado e Paulo Mendes de Almeida, reconheceu o valor das ingénuas representações pictóricas feitas por Silva, o que muito o incentivou.
Desde sua primeira exposição em São Paulo, efetuada, como ficou dito, em 1948, e na qual vendeu todos os quadros, ganhando a soma para ele fantástica de 20 contos, Silva viveu exclusivamente de pintura.
Contudo, resistiu o mais possível à idéia de se mudar para São Paulo, preferindo morar em São José do Rio Preto, apesar de incompreendido e vítima da inveja, pelo sucesso e fama conquistados.
É o próprio pintor que desabafa:
«São José do Rio Preto, eles não gostam, não entendem. São José do Rio Preto é uma das cidades mais ricas do Brasil, eles têm dinheiro, mas não entendem de pintura.
«Prova é que eu criei um museu com as minhas telas, com as telas dos grandes artistas, em 1967. O museu é muito frequentado por crianças, as autoridades não.»
O museu a que Silva se refere é o seu Museu de Arte Contemporânea de São José do Rio Preto - por ele dirigido e organizado, permutando suas telas as de outros artistas.
«Tem peças magníficas no museu. Eu queria formar um museu, é o seguinte, um museu de arte mas ao mesmo tempo histórico, então eu botei um nome assim, pensando bem naquilo, um museu nato.»
E gravou até um disco.
Silva destaca-se como colorista espontâneo e sensível, e seus quadros, vazados num desenho ingênuo, obedecendo a uma ciência intuitiva da composição, recriam o meio rural paulistano dentro de uma ótica autênticamente caipira.
A respeito do seu capirismo, aliás, o artista possui opiniões bem estruturadas:
«Sou caipira, mas não sou tonto. Poderia sair do Brasil e fazer sucesso lá fora. Nem sei em quantos museus do mundo há quadros meus, até em Nova Iorque. ... Já nasci pintor, se não pinto, fico doente.
Em 1998 a Pinacoteca de São Paulo dedicou-lhe importante retrospectiva.
Fonte: CD-ROM 500 Anos da Pintura Brasileira.
José Antônio da Silva nasceu em Armando Sales de Oliveira (SP), em 1909 e faleceu em São Paulo (Capital), em 1996.
Numa autobiografia publicada em 1949, História de minha vida, Silva revela ser filho de um casal "muito pobrezinho e muito humilde e trabalhador nos serviços mais pesados da vida e mais perigosos".
A sorte começou a mudar para o Silva já no ano seguinte, por ocasião de uma exposição regional realizada na Casa de Cultura de São José do Rio Preto, na qual expunha seus primeiros quadros.
O júri, do qual faziam parte os críticos de arte Lourival Gomes Machado e Paulo Mendes de Almeida, reconheceu o valor das ingénuas representações pictóricas feitas por Silva, o que muito o incentivou.
Desde sua primeira exposição em São Paulo, efetuada, como ficou dito, em 1948, e na qual vendeu todos os quadros, ganhando a soma para ele fantástica de 20 contos, Silva viveu exclusivamente de pintura.
Contudo, resistiu o mais possível à idéia de se mudar para São Paulo, preferindo morar em São José do Rio Preto, apesar de incompreendido e vítima da inveja, pelo sucesso e fama conquistados.
É o próprio pintor que desabafa:
«São José do Rio Preto, eles não gostam, não entendem. São José do Rio Preto é uma das cidades mais ricas do Brasil, eles têm dinheiro, mas não entendem de pintura.
«Prova é que eu criei um museu com as minhas telas, com as telas dos grandes artistas, em 1967. O museu é muito frequentado por crianças, as autoridades não.»
O museu a que Silva se refere é o seu Museu de Arte Contemporânea de São José do Rio Preto - por ele dirigido e organizado, permutando suas telas as de outros artistas.
«Tem peças magníficas no museu. Eu queria formar um museu, é o seguinte, um museu de arte mas ao mesmo tempo histórico, então eu botei um nome assim, pensando bem naquilo, um museu nato.»
E gravou até um disco.
Silva destaca-se como colorista espontâneo e sensível, e seus quadros, vazados num desenho ingênuo, obedecendo a uma ciência intuitiva da composição, recriam o meio rural paulistano dentro de uma ótica autênticamente caipira.
A respeito do seu capirismo, aliás, o artista possui opiniões bem estruturadas:
«Sou caipira, mas não sou tonto. Poderia sair do Brasil e fazer sucesso lá fora. Nem sei em quantos museus do mundo há quadros meus, até em Nova Iorque. ... Já nasci pintor, se não pinto, fico doente.
Em 1998 a Pinacoteca de São Paulo dedicou-lhe importante retrospectiva.
Fonte: CD-ROM 500 Anos da Pintura Brasileira.
Ficha Técnica
Ficha técnica:
Curador: Selma Cristina Daniel
Coordenação Geral: Selma Cristina Daniel
Cenografia e Montagem: Selma Cristina Daniel
Iluminação: Luiz Fernando da Silva
Alexandre Sebastian Silva Santos
Técnica: Reinaldo Arcanjo Filho
Elizío Aparecido Gomes
Segurança: Hueberson Vieira
Maurício Marques
Joel Carlos
Montagem: Maria Lúcia Daniel
Letícia Cristina Daniel Minaré Oliveira
Período: de 21 a 31 de Agosto de 2008
De terça a Domingo
Das 09h00min as 11 h
E das 15h00min as 22 h
Estação Cultural
Barretos-SP
Salas: 1 e 2
Entrada Franca
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